“É preciso amar o amanhã como se não houvessem pessoas”

Mário Carneiro
1 min readJul 26, 2022

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“Nada é fácil de entender…”

Ela parafraseia o Renato como se não soubesse que tal cinismo só o faz debater-se no túmulo ou onde quer que esteja. Como se é importante, pois ela bem compreende que o blasé o aterrorizava. Em sua ausência, explano o poeta como um advogado que pleiteia a liberdade de ser do réu: que suas palavras manchem seu legado, mas nunca extinguirão sua Virtude e Verdade!

Os cigarros se apagam e voltamos à mesa, braços rígidos que constrangem as mãos desejosas do toque, esvaecendo qualquer importância da poesia. Tudo se dá quando não se diz, em alto e bom som, o que lhe carece. Com isso, quero dizer: a vida sempre permanece acontecendo, sem se preocupar em dar a mínima satisfação.

“Só vou voltar depois das três”

Foi quando ela tocou no peito de outrem que percebi meu pathos. Nesse momento, invejo, mais do que tudo, os hispanohablantes que sabem laçar o poder do te quiero. Não almejo a agradabilidade, o asseio ou a levez; ao menos, não para mim.

E é por isso que nossa hibridez claramente fascina a todos que a veem.

nos resta saber, então: para ti, sou pessoa ou amanhã?

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Mário Carneiro
Mário Carneiro

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