a grande lacuna
é o que o filme diz: todo mundo tem aquela pessoa que escapou. aquela que você sabia que era com ela que era para você ter terminado, mas por um descuido do coração, ela escorregou das suas mãos.
descubro, então, que sou escravo do sentido. ou, quando menos, o que eu costumo interpretar destes signos. àquela altura, pareceu o mais lógico a se fazer (a bem da verdade, é provável que tenha sido, mas, é aí que reside a dor da história: não é provável).
choro ao lembrar do tempo em que você me chorava dores de outro amor, pois que era aflição, mas também vida. amargo a doce lembrança de nós dois, ao cogitar contingências cruéis e descabidas.
todavia, no final do dia, eu sempre faço minhas malas, rezo para o tempo e, em meu coração, ao menos, vejo justeza em te levar.