aetheria verum — II: a psicóloga
é sabido que a escola pode ser um ambiente deveras cruel. com ela, não haveria de ser diferente. ela tinha um jeito meigo que não cabia no calabouço da adolescência, e haveria de pagar o preço da candura.
coube à pobre coitada carregar o cruciante martírio de uma suposta burrice. no início dessa minha caminhada rumo à decência, é provável que eu tenha me juntado a este coro, por ignorância e/ou coração partido. ainda assim, talvez seja nela que resida o ninho de minha obsessão por sorrisos. apesar de toda a selvageria que sofrera, o dela era o mais leve e gratuito…
diplomas não provam nada, mas a menina que buscava seu lugar no tártaro através de doçuras e inocências, com a ajuda de um deus na qual devota amor incondicional, aprendeu e estudou os porquês da maldade terrena. ao fazer disso sua vida, triunfou sobre seus pretendentes-a-algozes da forma mais majestosa possível:
mantendo aquela infantil, inocente e pueril crença n’ele, e de que, apesar dos labirintos da mente humana, a felicidade vale a pena.
10/03/2017