Amiúde

Mário Carneiro
1 min readJun 23, 2020

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Eu vou sempre escrever sobre você.

Essa frase ecoa em minha cabeça, com a minha própria voz, e já não sei mais se trata-se de um atestado, uma ordem ou uma sina.

Gostaria de saber por que parece que tudo que você diz me arrebata como um míssil mágico. Ou um abraço. Quando as palavras são endereçadas a mim, então, nem se fala! Ainda me atordoo toda vez que lembro daquele “Mario, esse texto é sobre mim?” que você me mandou há quase uma década atrás, acredita?

Chega de explicações.

Por algum motivo que ainda não tenho muito claro, você ficou. Talvez não tenha explicação, e essa é a melhor parte.

É incômodo pensar que me aproprio dessa história, mas, a bem da verdade, você nunca mostrou interesse algum nela. Também não dói mais. Só quando penso em você - porém, até aí, tudo bem. Talvez não fique bom, mas tem muito ainda que quero falar de você e de nós. Não parece justo reclamar de uma fonte inesgotável de inspiração.

Dê um alô sempre que quiser. Eu sei que você não irá, mas, bem…

Eu estarei aqui.

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Mário Carneiro
Mário Carneiro

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