jornalissimamente
a literatura tornou-se um rizoma. explica tudo e o nada, menos a si própria. se lembra quando eu ainda insistia que prosa não é poesia? aparentemente, é proibido proibir.
o brazil transformou a realidade. país pós-modernamente anacrônico, desde quinhentos anos atrás até além. aquela frase do síndico é tão atual quanto nunca, e o amor à prostituta é a nova lei da anarquia (graças a deus!).
a dialética ficou pra trás, tornou-se tão somente o sonho dos filósofos. se o concreto virou fluído, o corpóreo é o molhado do beijo cinematográfico. a mentira passou a contar, em si, a verdade.
o bom de tudo isso é que a gente ama tudo e o nada. nosso cachorro se enlouquece com nossa presença por causa do cheiro do gato do vizinho que ficou em nossas roupas, e nós chamamos isso de amor.
vem cá, deixa eu te contar um segredo que aposto que você nunca ouviu antes:
tá todo mundo doido.
“ou jesus não me ama ou não entendo nada do riscado” — bel
16/08/2018
[o título original era “com’um segredo”, mas alterei porque escrevi outro com esse nome]