jornalissimamente

Mário Carneiro
1 min readMar 5, 2019

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a literatura tornou-se um rizoma. explica tudo e o nada, menos a si própria. se lembra quando eu ainda insistia que prosa não é poesia? aparentemente, é proibido proibir.

o brazil transformou a realidade. país pós-modernamente anacrônico, desde quinhentos anos atrás até além. aquela frase do síndico é tão atual quanto nunca, e o amor à prostituta é a nova lei da anarquia (graças a deus!).

a dialética ficou pra trás, tornou-se tão somente o sonho dos filósofos. se o concreto virou fluído, o corpóreo é o molhado do beijo cinematográfico. a mentira passou a contar, em si, a verdade.

o bom de tudo isso é que a gente ama tudo e o nada. nosso cachorro se enlouquece com nossa presença por causa do cheiro do gato do vizinho que ficou em nossas roupas, e nós chamamos isso de amor.

vem cá, deixa eu te contar um segredo que aposto que você nunca ouviu antes:

tá todo mundo doido.

“ou jesus não me ama ou não entendo nada do riscado” — bel

16/08/2018

[o título original era “com’um segredo”, mas alterei porque escrevi outro com esse nome]

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Mário Carneiro
Mário Carneiro

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