Das burlas caritativas da saudade
“Cambia el pelaje la fiera,
cambia el cabello el anciano,
y así como todo cambia,
que yo cambie, no es extraño.Pero no cambia mi amor”
Era sempre primavera. O sol simplesmente reativava as cores que emanavam das folhas, das paredes e do sorriso dela, que era pura experiência estética. Beleza, ordem, harmonia; abundâncias em amores.
A verdade? Ele a viu quando regressou. O galho da árvore centenária — e velha — que interrompe a estrada depois da tempestade sem arco-íris ao fim; a tinta que se desfaz daqueles muros lúgubres, que encerram outros tempos e memórias.
A verdade destrói toda e qualquer experiência estética. Seu único adversário, porém, felizmente não dá sinais de esmaecer: insiste em se abrir e aquecer fatos gelados.
Que seja eterna a tenra ilusão que advém de tua boca.