Em defesa dos velhos acordos ortográficos
“Atravesso a noite com um verso
Que não se resolve
Na outra mão as flores
Como se flores bastassem
Eu espero…E espero”
Vasculho o dicionário, procuro sinônimos pra revestir meu discurso ao seu gosto. Não me importo pois, no processo, aprendo sobre você, ainda que as palavras virem suas costas para mim por saberem que distendo a busca por as certas — que de maneira alguma poderiam ser mais enganosas.
Me movimento por dentro, estremeço meus instintos e anseios, na eterna busca da frase (ou verso) que vai capturar tua atenção. Felizmente, de uma forma ou de outra, me sinto a revelar meandros das relações humanas, que me afagam como se estivesse a passos do teu coração.
Queria poder bradar que atravessaria todos os mares e ares para estar ao teu lado agora. Só que você não gosta de romantismo. Para ser justo, a verdade é que ninguém gosta de receber romantismo, por isso te entendo.
Também acharia cafona se alguém me amasse da forma caduca que eu te amo.