Eu quero segurar a tua mão

Mário Carneiro
1 min readOct 3, 2020

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Como escrever sobre um momento que a gente já mal se lembra, mas guardou de recordação todo o sentimento?

Eu estava aflito. A bem da verdade, eu vivia aflito. Mas, naquele dia, você me deu o mais doce dos beijos e disse:

“Não se preocupa. O que importa é que hoje eu sou tua”.

Tentei procurar a única foto daquele dia - a nossa única foto juntos - mas não a encontrei. Pensei:

“Droga, não acredito que a perdi”.

Era uma banda de mentirinha que tocava músicas reais, como essa, que embalou nossa dança de mentirinha que, por um breve momento, teve a chance de ser real. Todas as ambiguidades, sobretudo o respeitável ridículo, se mantêm na metáfora.

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Mário Carneiro
Mário Carneiro

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