fôlego
por que tanta pressa nesse peito, menina? sente o aroma do café, dê um carinho às pequenas palavras. vamos lá: expele esse ar sem brusquidão, pausadamente.
repousa no meu peito que eu te faço um chocolate e um cafuné. principalmente com esse friozinho, sei que este é o maior dos clichês, mas garanto que você não vai se arrepender de tomar um tempinho e olhar para o céu. é assim que se descobre que, na realidade, ócio não tem nada a ver com perda de tempo; é tempo ganhado, contemplado em suas miudezas.
assim sendo, perceba os inhos: a cidadezinha, o mansinho, o devagarinho da vida. nesse vai-e-vem que você vive é muito difícil ter paz.
teu sorriso não esconde sua alma aflita, inquieta. vira quase desperdício…
descansa, menina.
respira fundo e,
então,
sorria.
27/04/2017