havemos de navegar

Mário Carneiro
1 min readMar 8, 2019

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(às vezes, estamos em alto-mar e não conseguimos descansar. o barco pode balançar demais. eu procuro belezas. encontro uma foto sua, que afaga meu peito, e adormece comigo.)

é uma pena que seres humanos não sejam piscinas onde se pode mergulhar livremente. há profundidades que nem a água turva consegue esconder, pois nós somos mar: finitos em relação à terra, todavia, ilimitados enquanto poesia.

que iemanjá me permite ser sempre livre das certezas e mantenha viva esta paixão que tão custosamente nutro pelo desconhecido, que, apesar de ser pesado fardo, já me fez descobrir as mais lindas ondas.

(como é bonito esse oceano dos teus olhos e da tua alma! saiba que, por mais que o continente tente ofuscar teu brilho com seus sedimentos,

ele falha.)

28/07/2017

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Mário Carneiro
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