john — dia 1: “a little tenderness”
primeiramente, lembremos que joão é réu em sua terra natal. por sorte, a instituição que o julgara não impede livre circulação, mas marca aqueles sob seu julgo. para sempre.
pois bem. a cidade é macon, na geórgia. uma cidadezinha com cerca de 100 mil habitantes, sem muita coisa para fazer, mas um importante berço de uma das poucas belezas que ainda fazem o coração de joão disparar: a música. alguns de seus heróis, como little richard, vieram daqui.
descobre que há uma estátua de ottis redding em um parque perto ao hotel e resolve visitá-la.
lá, encontra uma mulher brincando com sua filhinha que procurava, no âmago de seu ser, coragem para pular de uma parte da figura que possuía cerca de um metro de altura. ele encara a cena por alguns instantes, relembrando o gosto da ternura. a garotinha olha para ele e sorri, assim como a mãe.
foi assim que joão conheceu lucille, que o chamara de “john”.
combinaram de se encontrar no próximo dia (reciprocidade raríssima em sua vida).
“nada muda”
pensara joão. mal sabia o que lhe esperava.
mas não se engane: joão há de morrer.
o que se tornara, então, um mistério, seria o método.