lógico-racional
gosto de explicações convenientes, cinematográficas. seria a afeição à antropologia devida a meu medo de símbolos, aqueles que não examinei no passado? meu amor à dor do amor simples e puramente freudiano?
a ilusão máxima é acreditar que o intelecto pode redimir o outrora. mergulhar em um mar de razões e sonhar com uma subsequente injeção de alívio no coração.
de onde vem essa fé, da juventude do meu coração que só entende o que é cruel, o que é paixão ou do medo do fim, do nada?
(hoje, concluo: não há necessidade de retrospectivas, e o mais fútil dos exercícios é, indubitavelmente, o questionamento. o que é a vida, senão uma série de tentativas de reproduzir aquele passado?)
27/12/2017