Mafalda

Mário Carneiro
2 min readJul 3, 2021

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“Withdrawn a step away,
just to find my self
The door is closed again,
the only one left
This storm that’s broken me
my only friend”

Nossa, fazia tanto tempo que eu não ria assim, de chorar. Sério! Ou melhor, não é que eu não tenha motivos para me alegrar — au contraire! Cada vez mais percebo como sou abençoado. Pois é, quem diria, logo eu, usando essa palavra.

Desde que resolvi abusar do momento, venho pensando nessas coisas, sabe? Ainda me resguardo ao direito de achar a existência insuportável, mas não dá para negar que agora as coisas estão boas. Eu olho para a tela do celular e, finalmente, vejo amor; olho para a janela da parede e vejo que, apesar de tudo, as pessoas ainda acreditam — e isso, sinceramente, é o maior milagre.

“All shall fade to black”

Você deve imaginar, mas já fazia tempo que queria te contar essas coisas. O que eu sempre quis era te falar da vida, mas você estava em outra. Não quero relembrar — espero que entenda. Se você quiser me dizer algo, tudo bem, mas confesso que não sei até que ponto isso traria algum bem. Me interesso muito mais pelo agora. É verdade que daqui a pouco você será avô? Que loucura!

Bom, agora preciso ir, mas tomara que não demore tanto para a próxima vez. Sempre que você quiser dialogar assim, com afeto, conte comigo.

Até algum dia…

Dessa vez, com certeza.

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Mário Carneiro
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