Mais uma sessão

Hoje, eu olhei para mim mesmo, e me disseram:

“Escreve sobre o que você tá sentindo!”

(Estou começando a odiar terapia.)

Um dia, já existiu um eu que dizia amar flores. Costumava pensar que, como elas, tem amores que precisam fenecer para renascerem singulares. A única certeza que já tive. Que falta faz…

Me repito tanto que meus pensamentos se perdem. Tô cansado de me explicar. Chegar às mesmas conclusões…

Aliás, inclusive as novas respostas andam me enfadando. Porque elas trazem a sensação de possibilidade. Me fazem sonhar que é possível sair da prisão de mim mesmo.

“Olha como você vem melhorando! O Mario que vinha aqui há tempos atrás era outra pessoa; agora você tá aí vivendo a vida, fazendo suas coisas!”

Melhorar é exaustivo. Excruciante. Quando poderei eu simplesmente ser?