o naturalizado brasileiro

Mário Carneiro
1 min readMar 11, 2019

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somos levados a pensar que é a partir dos tão-chamados fatos que se compreende algo, e assim nos é dito até sobre nossa própria história. aprender sobre si enquanto não-indivíduo, unidade dialética que lida com a individualidade e o sentido das massas, se torna enfadonho, e encontramos resistência na negação absoluta.

por conta dessa quase forçosa alienação de nós mesmos enquanto raízes, os livros nos dizem coisas que não se traduzem no nosso dia-a-dia. nada contra quem conheceu o passado com gilberto freyre, mas, pelo fato da ciência ter a ambição de desmitificar as coisas, estas mesmas coisas acabam perdendo um bocado de seu appeal e, sobretudo, sua habilidade de nos tocar. quem não conhece alguém que se identifica mais com uma música estrangeira do que a popular brasileira, que atire a primeira pedra.

poucas coisas são mais tristes do que perceber que a arte feita em sua língua natal não te toca, te move, emociona.

mais do que defendê-lo ou repudiá-lo, é fundamental que redescubramos o brasil.

seja ele qual for.

21/05/2017

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Mário Carneiro
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