O nome disso é “esquadria”
“Without going out of my door,
I can know all things of earth.
Without looking out of my window,
I could know the ways of heaven.The farther one travels,
The less one knows.”
De onde vim, portas fechadas sempre foram sinônimo de impedimento. Nunca entendi a tal plaquinha de não perturbe — se tá fechada, é uma mensagem, um sinal de que é necessário batê-la para estabelecer a relação. Daí, então, lida-se com as opções — mas relacionar é uma questão de cuidado.
Tudo era virtude. Por isso, me acostumei com cômodos permanentemente abertos. Toda janela que não colaborava para a dança do ar me sufocava.
Mas aí fui introduzido a uma tal de sujeira. Descobri que estar sempre exposto ao mundo é perigoso.
Conheci o pecado chamado Indivíduo. Quando me encerrei em meu espaço, me aceitei. Vi que era Um. O problema é que acabou-se a gente. O risco e a vida que conhecia eram àqueles que se entendem somente enquanto raiz, ou no calor de todos os pés que emanam na superfície de terra.
Conheci o pecado do Contexto. Agora sei que todos são algo e não simplesmente são; e o mundo é, na verdade, um grande punhado de partezinhas chamadas de espaços. Todo mundo tem o seu lugar, foi o que me disseram.
E foi assim que fui apresentado ao meu grande amor, o Ar-Condicionado.