Obséquio

Mário Carneiro
2 min readDec 22, 2020

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“I do not pace the floor

bowed down and bent,

but yet,

mama,

you been on my mind”

A solidão é a tônica dos tempos. É tão difícil encontrar alguém com quem pareça possível compartilhar. Aí surgiu, como quem não quer nada (e não queria mesmo, essa é a melhor parte), e é incrível como soa simples a leveza com a qual, contigo, é o comunicar.

É quase tão difícil quanto amar, mas você faz parecer brincadeira de avenida, daquelas que aconteceram esse ano, mas que não vão rolar no próximo. Aparentemente, prosear também significa pular, sorrir, dançar e sentir (quem diria!).

“I should’ve took that last bus home, but I asked you for a dance”

Não se trata, porém, de frivolidade. Apenas sonho com a beleza da sua defesa pela liberdade e pelo direito de ser quem é. Há muita graça (talvez magia seja mais apropriada) em suas buscas por motivos, razões e circunstâncias. Eu me fascino constantemente, é verdade, porém repito, para que fique absolutamente dado: a paixão é uma coisa muito rara, mesmo que frequente.

É estranho falar sem olhar nos teus olhos porque tenho certeza que a troca confirmaria o sentido — isto é, a gente se entende. Tá na cara e nos dedos… só falta ver também se está nas palavras proferidas ou no toque dos corpos — ou seja, na boca.

Desculpa se pareço apressado. Quando quiser, é só falar.

Fica a vontade.

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Mário Carneiro
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