Passo-a-passo

Mário Carneiro
1 min readJan 7, 2020

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“E como se não fosse um tempo
Em que já fosse impróprio
Se dançar assim
Ela teimou e enfrentou o mundo
Se rodopiando ao som dos bandolins” (Oswaldo Montenegro)

Conquistas sempre envolvem um mínimo de agressão. E, às vezes, tudo bem. Este é o dilema dos empurrões: é possível uma violência gentil?

Há, inclusive, de se pensar no plural aqui. Uma das violências que nos acomete certamente é a velocidade: dos nossos primeiros momentos, em contraste com as despedidas; da brevidade dos encontros e nossa história, às promessas e sonhos que nos protegem do frio, do medo e do mundo.

Todo mundo gosta da sensação do disparar do coração, mas me dê a mão. Neste balé, você me ensina os passos, e eu te mostro o gosto da desaceleração. Juntos, nós vamos aprendendo o ritmo dos nossos corpos e peitos.

Me concede essa dança?

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Mário Carneiro
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