Tácito
“De vez em quando na vida se pode encontrar
Raro, mas não impossível, de fato é amar
Existem muitas ciladas e muita ilusão
Existe gente afobada, idealizaçãoMas quando é pra sempre, pra sempre será
Mesmo que acabe, não vai terminar
Pois no final, na conclusão,É bom ter tido um amor de verdade”
Sim, eu ainda sinto todos aqueles toques, olhares, gestos e palavras de você e de nós que tão exageradamente dissequei, de tão poucos exemplares. Gostaria de dizer que não, mas aquela cerveja, aquele poema e aquela canção ainda me levam ao coração da juventude, e lá nós somos nós; enquanto aqui, evidentemente já não mais.
Quer dizer, fica tranquila. Essa não é uma de minhas cenas, tampouco pretendo vez mais me ajoelhar e implorar para você ficar ou voltar. Não, não. Tudo que precisava ser dito já foi; o que faltou é o não-essencial, daqueles que só ficam por pura teimosia, como eu tanto tentei em sua vida.
“O amor comeu
meu medo da morte,
mas não o
da vida”(pichação feita no muro da Igreja Santa Maria, em Jaguariúna-SP)
Não, não. Sei que o que permanece não dito é o que se pretere pelo disparate de simplesmente (ainda) ser. Contudo, não consigo deixar de te olhar. Te peço que apenas me dê isso, e te prometo meu mais incólume silêncio — até porque, como bem sabemos, nem toda palavra diz.
Sim, eu ainda sinto. Desculpa, é que eu só queria te dizer que.